Sessões de 2025
ABRIL:

Ciclo "50 Anos do 25 de Abril"
“A Fuga” (1977, Luís Filipe Rocha):
Baseado na conhecida fuga de António Dias Lourenço, a 17 de dezembro de 1954, da Fortaleza de Peniche, que entre 1934 e 1974 funcionou como prisão para dissidentes políticos do regime. O regulamento impõe aos prisioneiros uma vivência profundamente impessoal, marcada por uma disciplina de contornos militares e que potencia a humilhação e o tédio. O “Segredo”, cela solitária para prisioneiros indisciplinados, foi peça central do plano de evasão de Dias Lourenço.

Ciclo "50 Anos do 25 de Abril"
"As Armas e o Povo" (1975, Colectivo dos Trabalhadores da Actividade Cinematográfica):
O período que vai do 25 de Abril ao 1º de Maio de 1974, ilustrando a ação militar e a movimentação de rua, tendentes ao desmantelamento do "aparelho social e político do fascismo". Paralelamente, analisam-se os principais eventos que, a partir de 28 de Maio de 1926, contribuíram para a consolidação da máquina corporativa inspirada por Salazar, destacando as atitudes de resistência popular ou oposição armada, ao longo de quarenta e oito anos.
Acácio de Almeida, José de Sá Caetano, José Fonseca e Costa, Eduardo Geada, António Escudeiro, Fernando Lopes, António de Macedo, João Moedas Miguel, João César Monteiro, Glauber Rocha, Elso Roque, Alberto Seixas Santos, Artur Semedo, Fernando Matos Silva, João Matos Silva, Manuel Costa e Silva, Luis Galvão Telles, António da Cunha Telles, António-Pedro Vasconcelos são os nomes por trás do coletivo que assina o mais célebre filme de Abril da cinematografia portuguesa, num retrato a quente e em cima do acontecimento.

Ciclo "50 Anos do 25 de Abril"
"Yvone Kane" (2014, Margarida Cardoso):
Depois da morte da sua filha, Rita volta ao país africano onde viveu a sua infância para investigar um mistério do passado: a verdade sobre a morte de Yvone Kane, uma ex-guerrilheira e ativista política. Nesse país, onde o progresso se constrói sobre as ruínas de um passado violento, Rita reencontra a sua velha mãe, Sara, uma mulher dura e solitária que vive ali há muitos anos.
E enquanto Sara vive os últimos dias da sua vida procurando um sentido para os seus atos passados, Rita embrenha-se num território marcado pelas cicatrizes da História e assombrado por fantasmas da guerra e do mal, procurando o segredo de Yvone. Mas todos os caminhos parecem levá-la à revelação da impossibilidade de redenção e ao esquecimento.