Sessões de 2024
ABRIL:

Ciclo "50 Anos do 25 de Abril"
"Brandos Costumes" (1974, Alberto Seixas Santos):
Cenas da vida doméstica de uma família portuguesa da média burguesia, alternadas com atualidades sobre a ascensão, glória e queda do salazarismo, onde se constrói um paralelismo entre a figura do chefe de família tradicional e o ditador.
Os conflitos e as frustrações das filhas, que representam duas gerações, são apresentadas de forma didática nas suas relações com os pais, a avó e a criada. Tudo isto articulado com quadros musicais, onde no limite a história de uma família e a História de um país se confrontam, complementam e confundem.

Ciclo "50 Anos do 25 de Abril"
"Clandestina" (2023, Maria Mire):
Para pensar as atuais práticas de dissidência política, mergulhamos no passado e acompanhamos a vivência de uma jovem artista. Convidada a entrar na clandestinidade em Portugal na segunda metade do século XX, Margarida Tengarrinha, desempenhou um importante papel na resistência antifascista, tornando-se falsificadora por militância política. Através do anacronismo temporal, CLANDESTINA é como uma missiva a um tempo porvir, uma premonição da possibilidade trágica da História se estar a repetir.

Ciclo "50 Anos do 25 de Abril"
"A Lei da Terra" (1977, Grupo Zero):
O processo da reforma agrária no Alentejo é visto através de uma análise das estrutura sociais e da luta de classes, culminando com a ocupação de terras pelos camponeses e pela tentativa de criação de novas relações laborais e de propriedade.

Ciclo "50 Anos do 25 de Abril"
"A Mulher que Morreu de Pé" (2024, Rosa Coutinho Cabral):
“Sou da ilha das línguas de fogo. Com elas aprendi a metrificar o espírito. O indizível”.
Neste documentário ficcionado, traça-se uma cartografia poética a partir da viagem de um grupo de teatro a São Miguel, terra natal de Natália Correia, e a Lisboa, onde viveu a maior parte da vida. Passa-se pelo Botequim, Assembleia da República, Hotel Britânia, Teatro Micaelense, Parque Terra Nostra, e por tantos outros lugares habitados antes por Natália e, agora, por estes atores que nos ajudam a escavar os mitos, os fantasmas, as dores nascidos na vida e na obra de Natália — uma das figuras mais importantes da cultura, literatura e política portuguesa, antes e depois do 25 de Abril.