Sessões de 2024
MAIO:
Extensão "Imagens no Tejo - Mostra de Cinema Português (4.ª edição) - em parceria com a Junta de Freguesia de Vila Franca de Xira
"Enquanto houver ovelhas" (2022, João Mendes Pinto):
A vida diária de um casal que subsiste através da cada vez mais extinta arte pastorícia numa zona remota do interior português.
"O Gotejar da Luz" (2002, Fernando Vendrell):
Rui viveu a sua infância em Moçambique, num território perdido nas profundezas do mato, junto da natureza selvagem, na fronteira de um misterioso rio.
Filho de colonos portugueses, cedo aprendeu a reconhecer duas realidades e emoções distintas, a da Europa e a da África. A sua vida foi marcada por uma permanente opção entre duas margens; duas culturas; o branco e o negro; o “patrão e o “escravo”; a violência e a paz; o amor e a paixão...
Aos catorze anos, confrontado com a trágica e inevitável destruição da sua infância, Rui Pedro escolherá a sua margem, entre as muitas margens do rio.
"The Cookbook" (2022, Pedro Chaves):
Após o incapacitante AVC do seu pai, um filho afastado regressa a casa em Syracuse, onde se encontra dividido entre assumir o restaurante libanês do pai e dar continuidade à tradição familiar, ou perseguir o seu próprio sonho.
"No Táxi do Jack" (2021, Susana Nobre):
Com 63 anos, e quase a refomar-se, Joaquim vê-se a ter de cumprir as regras do centro de emprego para poder usufruir do subsídio de desemprego. Apesar de saber que não voltará mais à vida activa, Joaquim tem de andar de empresa em empresa a pedir carimbos a atestar que ali esteve à procura de trabalho. Nestas viagens rememora a sua vida de emigrante na América onde trabalhou como taxista, em Nova Iorque, e assistiu às diversas quedas da bolsa de Wall Street.
"Os Tempos Conturbados" (2022, Carlos Tavares Pedro):
''Até Quando Angola''
Através do uso de arquivos pessoais, é contada a história dos primeiros momentos de independência angolana pela voz de Filomena Lopes.
"Alcindo" (2021, Miguel Dores):
A 10 de Junho de
1995, para celebrar o Dia da Raça e a vitória na Taça de Portugal do
Sporting, um grupo de etno-nacionalistas portugueses sai às ruas do
Bairro Alto, em Lisboa, para espancar pessoas negras. O resultado
oficial foram 11 vítimas, uma delas mortal.
"Garden Scenes of Yesteryear" (2022, Vasco d’Ayala):
A melancolia e aborrecimento de uma jovem rapariga numa família abastada na segunda metade do século XX e as suas constantes tentativas de escapismo a partir de devaneios elaborados. Um retrato da relação alienante de Mara com os pais no seu dia-a-dia e em contextos das inúmeras e repetitivas festas opulentas, sejam estas em luxuosos palácios ou em sua casa. Tudo isto é um crescendo para o desespero de Mara.
"Morada" (2022, Eva Ângelo):
Espectadoras de cinema, de si próprias, de uma cidade. Porto de uma “história do cinema”, de um lugar, de um país mas também de um mundo em mudança.

"A Flor do Buriti" (2023, João Salaviza e Renée Nader Messora):
Através dos olhos da filha, Patpro vai percorrer três épocas da história do seu povo indígena, no coração da floresta brasileira.
Incansavelmente perseguidos, mas guiados pelos seus ritos ancestrais, pelo seu amor pela natureza e pela sua luta para preservar a liberdade, os Krahô reinventam diariamente novas formas de resistência.

"Não Esperes Demasiado do Fim do Mundo" (2023, Radu Jude):
Uma assistente de produção sobrecarregada e mal paga, tem que conduzir pela cidade de Bucareste para filmar castings para um vídeo de segurança no local de trabalho, encomendado por uma empresa multinacional. Quando um dos entrevistados faz uma declaração que desencadeia um escândalo, ela é forçada a reinventar toda a história.

"Culpado-Inocente-Monstro" (2023, Hirokazu Kore-Eda):
Quando o filho Minato começa a comportar-se de forma estranha, a mãe sente que há algo errado. Ao descobrir que o responsável é um professor, vai à escola para exigir saber o que aconteceu. Mas à medida que a história se desenrola, através do olhar da mãe, do professor e da criança, a verdade surge gradualmente.

Ciclo "50 Anos do 25 de Abril"
"Viagem ao Sol" (2021, Ansgar Schaefer e Susana de Sousa Dias):
Viagem ao Sol é uma reflexão sobre crianças em situação de conflito e pós-conflito, e a potência do seu olhar em revelar realidades ofuscadas pelas narrativas oficiais.
O filme parte de testemunhos de antigas crianças austríacas, enviadas no pós-guerra para Portugal, país poupado à Segunda Guerra Mundial. Usando imagens de arquivo, Viagem ao Sol estabelece múltiplas ressonâncias com actualidade, onde o espaço para o Outro se tem vindo a reduzir drasticamente.