Sessões de 2023
JULHO:

"Close" (2022, Lukas Dhont):
A muito antecipada segunda longa de Lukas Dhont, realizador que venceu a Camera d'Or e a Queer Palm com Girl, é a história de Léo e Rémi, melhores amigos, com 13 anos e que adoram passar o tempo livre juntos. A relação íntima dos dois é alvo de comentários desprezíveis por parte dos colegas da escola. Os laços que os unem são violentados e, inevitavelmente, os resultados são devastadores. Filme avassalador sobre a adolescência e a amizade com interpretações sublimes dos actores estreantes, Close é uma ode à responsabilidade dos afectos alicerçado numa crítica feroz à normalização social da agressão e demonização da ternura física e emocional.

"Querida Magnólia" (2021, Camila Vilalva):
Dezoito anos após a partida de sua babá de infância, a cineasta Camila Vilalva procura entender o passado através das histórias de outras empregadas domésticas que passaram por situações semelhantes as de sua antiga babá. Querida Magnólia é um retrato íntimo de família como também um olhar crítico sobre as políticas do trabalho doméstico nas famílias de expatriados Brasileiros.

Ciclo 50 Anos do 25 de Abril
Apresentação do livro "Projectar a Ordem", seguida da exibição de números selecionados do "Jornal Português" (1938-51):
O Jornal Português (1938-1951) foi produzido para o SPN/SNI pela Sociedade Portuguesa de Actualidades Cinematográficas (SPAC), sob a supervisão técnica de António Lopes Ribeiro, para fazer a propaganda do regime salazarista. Mostrado nos cinemas antes da habitual longa-metragem de ficção, cada número do Jornal tinha a duração aproximada de 10 minutos e era composto por várias notícias sobre atos oficiais do Governo, a atualidade política nacional, grandes eventos desportivos e muitos outros acontecimentos sociais e culturais. Além de ser um documento incontornável para a história da propaganda do Estado Novo, o Jornal Português é também um arquivo audiovisual único da história de Portugal nos anos quarenta